As obras de arte de Julian Beever garentem-nos um estímulo, um tónico, o elixir... Uff..., que bom! Elas são tão necessárias à manutenção das nossas memórias!...
"Os animais desenvolveram a capacidade de desconfiar de nós, em muitos casos, porque nós somos dignos dessa desconfiança, porque somos de facto muito mais perigosos."(Gregory Coulbert)*
Esta é uma mensagem poderosa para reflectirmos. Numa época em que o egocentrismo nos impede de ouvir a Natureza, as fotografias da exposição "Ashes and snow" servem-nos de catarse. Convido a fazer uma visita interactiva pelo Museu de Santa Mónica na Califórnia enquanto a mesma não chega a Portugal. Vale a pena!
* (in entrevista da SIC a Gregory Coulbert, Maio de 2006)
Honoré de Balzac fazia hoje 207. A obra de Balzac é extensa e de uma actualidade extraordinária. Apesar de retratar a sociedade francesa em todos os seus aspectos, ela hoje enquadra-se nos nossos dias. Faleceu com cinquenta e um anos. Recomendo a leitura de "Ilusões Perdidas" e também "Mulheres de trinta anos".
Hoje celebra-se em Timor Leste mais um aniversário da Independência.
Já são QUATRO...
Não podia ficar indiferente a este aniversário. Ainda no outro dia recordei aquela noite mágica de 19 de Maio de 2002. Todas as palavras são insuficientes para dizer o que continuo a sentir.
A situação não está fácil mas a construção de um país e de uma nação faz-se todos os dias com vitórias e derrotas. Parabéns a todos os Timorenses, irmãos do meu coração.
(* Fotografia de alexandre osório, 20 de maio 2002)
Se há muito tempo não vai ao museu aproveite! Durante três dias [18, 19, 20 de Maio] as entradas serão gratuitas nos museus tutelados pelo IPM e onde vão decorrer iniciativas alusivas aos museus.
Há blogs que merecem serem vistos... e revistos quando o humor não está no ar!!! Quando ligamos a televisão, as tragédias são sempre as mesmas. E em todos os canais! Já tudo é previsível... E se as notícias fossem apresentadas com criatividade?! Fazem-nos crer que tudo é verdade! Razão teve o Bono "No news today"! Já estamos cansados! Há tanta coisa interessante...
Ninguém ficou indiferente aos últimos episódios de contestação em Timor Leste. Eles são o sintoma da ainda frágil governação assente no partido mais votado: a Fretilin. Durante três dias [17, 18, 19 de Maio] o futuro de Timor passa pelo II Congresso da Fretilin a decorrer na capital Díli. Independentemente do que acontecer, este momento traduz mais uma caminhada em direcção à democracia tão desejada. Cf artigos:Rádio Renascença, Notícias Lusófonas, DN
Elas estão no fundo bem guardadas. Não estão esquecidas, somente estão no interior da nossa memória. Quando as revisitamos elas libertam-se, e fazem-nos sentir uma nostalgia dorida. Elas são as doces lembranças da nossa infância.....www.misteriojuvenil.com
“Frequentemente, em debates sobre a educação, os interlocutores sentem que atribuem à ideia que apresentam uma interpretação diferente daquela que é criticada. Para dar um exemplo, refira-se o estafado «ensino centrado no aluno» que, para muitos, é visto apenas como uma vontade de educar o jovem tendo em atenção às sua capacidades e gostos, ao invés de o obrigar a aprender as matérias sem consideração pelas suas necessidades futuras, pelo seu desenvolvimento ou pelos seus gostos e características. Todas estas preocupações são louváveis, mas com moderação de não as tornar centrais, ou seja, de não permitir que se esqueçam os objectivos e conteúdos curriculares, e tudo o que o jovem necessita para ser chamado a uma vida activa crítica e informada.” (Excerto do livro O “Eduquês” em Discurso Directo de Nuno Crato, Ed. Gradiva)
“ – Não se pode confiar…” segredou timidamente o senhor Amadeu. Porque será?! O imaginário leva-nos para o tempo em que guardar o dinheiro na lata e escondê-la num buraco algures era seguro. O único problema era a ferrugem na lata! E hoje?!
Os tempos mudaram e ainda bem. Mas confesso que muitas vezes há razões para ter alguma dose de saudosismo, só pelo facto de ver a cor do dinheiro… Hoje recebemos e pagamos por transferência bancária… à mão chegam uns talões do saldo!!!
Dá que pensar quando somos atrevidos e arriscamos o mealheiro em instituições supostamente credíveis… Que o digam os filantrópicos! Agora coleccionam falências e recortam misérias…
De quem é a culpa por estarmos a envelhecer?! ... das mulheres?! ... dos homens? ... poucos médicos! ... poucas maternidades abertas?! ... ou será que as crianças dão muita despesa?! Já sei..., da estatística! Os políticos ainda não encontraram outra razão... Eles são nossos amigos! Ri-te com o TEXTO mas não desapareças.
Escrevo-lhe esta carta, conforme me pediu, para contar o que sei sobre o cão pastor-alemão. Agradeço me corrija as faltas e a pontuação, para sair bem no livro. Aí vai… O meu pai apareceu um dia com o cão em casa. Disse andou sempre a seguir-me, não me quer largar mais. Eu fiquei contente, um lindo cão e inteligente. Demos-lhe o nome de Jasão, foi o meu pai que escolheu o nome, pois gosta muito de lendas gregas. Jasão aprendeu logo o nome, era esperto. Quando eu ia para o Instituto, onde estou a estudar Planificação, o cão queria ir comigo. Às vezes até foi. Ficava à espera que eu saísse das aulas e acompanhava-me a casa. Sempre grande e calmo, um senhor. As garinas rodeavam-no logo a fazer festas, ele deixava, até cheirava por debaixo das saias e provocava risos malandros. Quem aproveitava da popularidade dele era eu. Por isso até que gostava da sua companhia. Mas o meu pai xingava-me sempre para o levar. Achava não ficava bem o filho dum responsável, mesmo se pequeno, andar com um cão. Isso era prática de outros tempos que devíamos combater: os filhos dos governadores ou senhores coloniais é que andavam assim! Podíamos ter o cão, mas em casa, sem dar nas vistas, para que as massas não fizessem paralelos incómodos com os tempos antigos. Mas vou explicar agora como foi que a tragédia aconteceu. Um dia cheguei a casa e estava o meu pai com o António Radiador (nome do bairro). O António é um bom mecânico, mas tem dificuldades em trabalhar por falta de peças para os carros. Vai pois fazendo uns biscates, em baixo dum imbondeiro, que o deixavam viver mas mal. Diz que podia enriquecer, se quisesse. Bastava entrar no esquema dos carros roubados. Aceitar desmontá-los para os refazer com outras carcaças. Ele é honesto e nunca aceitou entrar nisso. Continua pobre, como muitos. Dizia o meu pai: − Vocês não compreendem nada de política. Não trabalhamos, não resolvemos, não trabalhamos… Sabes quantas reuniões fiz hoje? Quatro! Imaginas o que são quatro reuniões? − Quatro reuniões, não imagino, não. Em termos práticos, o qué que isso significa? − Ora. Decisões, esclarecimentos, análises…! − Os esclarecimentos e as análises não me interessam.! Que coisas decidiram? − Várias − Por exemplo? − Possas! Já que queres, vou dizer-te, embora seja confidencial. Numa decidimos que vamos organizar um seminário de sensibilização para as massas. Claro que terei de ir abrir o seminário, fazer o discurso. Se calhar, também o encerramento. Mas aí pode ser que vá outro, duma estrutura superior. − E mais? − Noutra decidimos que a situação está difícil. Abastecimentos insuficientes, falta de transportes, etc . ... Conheces bem demais o que vai por aí. − Portanto não descobriram nada de novo. Se foi para descobrir o que eu já conheço… E que decidiram? − que vamos fazer uma reunião mais ampla para analisar as causas objectivas e subjectivas e depois talvez fazer um seminário para se estudar as medidas a tomar. − Não tenho razão? E que mais decisões em quatro reuniões? − Tu és chato mesmo! Que é preciso combater a indisciplina. Mas possas, parece um interrogatório. − E é mesmo − disse o António Radiador. − Não sei como te aturo com as tuas observações. − Deixa lá de lado o aturar e não aturar. E como vão então combater a indisciplina? − Oh, não ficou muito bem definido. As opiniões divergem, não se chegou ao consenso. Uns são pela explicação, outros pela linha dura, há até cacimbados que já põem tudo em causa. E tu pareces um deles! A política não é como a mecânica. − Isso já percebi há muito tempo. Na mecânica não pode haver desculpas. Ou o carro anda ou não anda. As mãos e a cabeça é que têm de consertar o que está estragado, não as palavras.
*(Excerto transcrito da obra "O cão e os Caluandas", Editorial Nzila)
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem destrói o seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajecto, quem não muda as marcas no supermercado, não arrisca vestir uma cor nova, não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o "preto no branco" e os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da Chuva incessante, desistindo de um projecto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples acto de respirar. Estejamos vivos, então!