quinta-feira, setembro 27, 2007
Pedaços de Sentimento
Lembro-me como fosse hoje....eramos 4. Jantamos juntos, fomos ao convívio e depois brindamos à vida. Os risos eram uma constante, as juras de amizade eram seladas por beijos e abraços. Era o tempo da intensidade, das promessas eternas. Do nunca nos afastarmos. De quando um precisasse os outros aparecerem.
No fim a pergunta sacramental: "Estação?"e lá íamos.
20 anos depois estamos cá...com as mesmas promessas.
e
estamos juntos.
No fim a pergunta sacramental: "Estação?"e lá íamos.
20 anos depois estamos cá...com as mesmas promessas.
e
estamos juntos.
Pensamento do Dia
Napoleão Bonaparte, durante as suas batalhas usava sempre uma camisa de cor vermelha. Para ele era importante porque, se fosse ferido, na sua camisa vermelha não se notaria o sangue e os seus soldados não se preocupariam e também não deixariam de lutar. Toda uma prova de honra e valor. Duzentos anos mais depois, Scolari usa sempre calças castanhas...
quarta-feira, setembro 26, 2007
Com a devida vénia...subscrevo totalmente!!
A gestão de recursos humanos e o Dalai Lama
Há cursos para ensinar as pessoas com responsabilidades a comportar-se perante os seus subordinados. Por exemplo, você quer dizer a um empregado que não está satisfeito com a sua "performance" ?
[Odeio esta palavra. Poucos sabem verdadeiramente do que estão a falar quando a pronunciam. No entanto é a prioridade das prioridades, a unidade esotérica de medida do valor de cada um, o Santo Graal da produtividade e do "bem estar"...]
Não se diz a um tipo que ele não presta de qualquer maneira. Há maneiras mais ou menos convenientes. Por outras palavras: há uma receita especial de vazelina para que não doa demais ou para que não faça ricochete. Para que não acabe tudo aos berros, à estalada ou no tribunal.
Você quer mandar para a rua um desgraçado que só teve a culpa de ser um alma de deus no momento e lugar errados, porque o mercado isto, porque a concorrência aquilo, porque a tecnologia aquel'outro ? Pois bem, também nessa situação há um "road map", um procedimento, uma abordagem "step-by-step" a seguir, falhas a evitar, uma certa "humanidade" a preservar
[Revoltam-se-me as tripas ao utilizar a palavra "humanidade" neste contexto].
Há eminentes estudiosos que passam a vida a pensar nesses casos e a elaborar teorias sofisticadas àcerca do modo mais civilizado e, sobretudo, mais eficaz (e silencioso) de defender as organizações, libertando-as dos "pesos mortos", dos "casos sociais". Por exemplo, deve-se privilegiar os factos, não se deve questionar a personalidade. O que importa é o que se faz, não o que se é. Porque senão a coisa torna-se excessivamente pessoal e não há nada pior do que tornar-se pessoal (humano?).
É espantosa a engenharia da sacanice na gestão dos recursos humanos. Transformar emoções em factos. Tratar pessoas como simples "inputs", matérias-primas, infelizmente, mais complicadas do que as outras, mas, "hélas", imprescindíveis.
["A razão do nosso sucesso são os nossos colaboradores."]
Igualar motivação a dinheiro que, por sua vez, exige a promoção a qual implica trabalho, muito trabalho que se converte em vida (bio-trabalho). Este é o modelo dominante. Para dizer a verdade, esta é a doutrina em torno da qual se organiza a vida de milhões de seres humanos que acreditam piamente que essa seja a verdade revelada.
Para simplificar, em média, nas organizações há os "high flyers" ou "drivers" do sistema (15%), há os produtores ou "trabalhadores sérios" que fazem o que devem fazer sem demasiadas ondas (70%) e há os "pesos mortos", que desestabilizam, que se aproveitam, que passam a vida a chatear os patrões (15%). Estes últimos são o lixo do sistema, o qual deve ser reciclado ou simplesmente eliminado. As organizações generosas são aquelas que dão oportunidades aos "pesos mortos" para se converterem em "trabalhadores sérios". E basta !
E depois há o Dalai Lama que chegou a Lisboa e disse que, sim senhor, o dinheiro e o poder são importantes, mas o mais importante está dentro de cada um de nós. Pois claro
"Roubado ao Miguel do Fantástico Melga mas ele perdoa..."
Há cursos para ensinar as pessoas com responsabilidades a comportar-se perante os seus subordinados. Por exemplo, você quer dizer a um empregado que não está satisfeito com a sua "performance" ?
[Odeio esta palavra. Poucos sabem verdadeiramente do que estão a falar quando a pronunciam. No entanto é a prioridade das prioridades, a unidade esotérica de medida do valor de cada um, o Santo Graal da produtividade e do "bem estar"...]
Não se diz a um tipo que ele não presta de qualquer maneira. Há maneiras mais ou menos convenientes. Por outras palavras: há uma receita especial de vazelina para que não doa demais ou para que não faça ricochete. Para que não acabe tudo aos berros, à estalada ou no tribunal.
Você quer mandar para a rua um desgraçado que só teve a culpa de ser um alma de deus no momento e lugar errados, porque o mercado isto, porque a concorrência aquilo, porque a tecnologia aquel'outro ? Pois bem, também nessa situação há um "road map", um procedimento, uma abordagem "step-by-step" a seguir, falhas a evitar, uma certa "humanidade" a preservar
[Revoltam-se-me as tripas ao utilizar a palavra "humanidade" neste contexto].
Há eminentes estudiosos que passam a vida a pensar nesses casos e a elaborar teorias sofisticadas àcerca do modo mais civilizado e, sobretudo, mais eficaz (e silencioso) de defender as organizações, libertando-as dos "pesos mortos", dos "casos sociais". Por exemplo, deve-se privilegiar os factos, não se deve questionar a personalidade. O que importa é o que se faz, não o que se é. Porque senão a coisa torna-se excessivamente pessoal e não há nada pior do que tornar-se pessoal (humano?).
É espantosa a engenharia da sacanice na gestão dos recursos humanos. Transformar emoções em factos. Tratar pessoas como simples "inputs", matérias-primas, infelizmente, mais complicadas do que as outras, mas, "hélas", imprescindíveis.
["A razão do nosso sucesso são os nossos colaboradores."]
Igualar motivação a dinheiro que, por sua vez, exige a promoção a qual implica trabalho, muito trabalho que se converte em vida (bio-trabalho). Este é o modelo dominante. Para dizer a verdade, esta é a doutrina em torno da qual se organiza a vida de milhões de seres humanos que acreditam piamente que essa seja a verdade revelada.
Para simplificar, em média, nas organizações há os "high flyers" ou "drivers" do sistema (15%), há os produtores ou "trabalhadores sérios" que fazem o que devem fazer sem demasiadas ondas (70%) e há os "pesos mortos", que desestabilizam, que se aproveitam, que passam a vida a chatear os patrões (15%). Estes últimos são o lixo do sistema, o qual deve ser reciclado ou simplesmente eliminado. As organizações generosas são aquelas que dão oportunidades aos "pesos mortos" para se converterem em "trabalhadores sérios". E basta !
E depois há o Dalai Lama que chegou a Lisboa e disse que, sim senhor, o dinheiro e o poder são importantes, mas o mais importante está dentro de cada um de nós. Pois claro
"Roubado ao Miguel do Fantástico Melga mas ele perdoa..."
domingo, setembro 23, 2007
Porque a vida é para ser levada a rir.....
O médico estava tendo um caso com a enfermeira. Após um tempo, ela disse-lhe que estava grávida. Não querendo que sua mulher soubesse, ele deu dinheiro à enfermeira, mandou que ela fosse para a Itália e tivesse o bebê por lá. - Mas como vou avisar-te quando o bebê nascer??? Ela perguntou. - Apenas manda um postal e escreve esparguete. Cuidarei de todas as despesas da criança. Sem alternativa, ela pegou o dinheiro e voou para a Itália. Alguns meses se passaram e uma noite, quando o médico chegou a casa, a esposa disse : - Querido, recebeste um telegrama da Itália pelo correio, e eu não consigo entender o significado da mensagem. O médico leu o telegrama, caiu no chão com um violento ataque cardíaco, e foi transportado imediatamente à urgência do hospital. O chefe da urgência perguntou à esposa: - Aconteceu algo que possa ter causado o ataque cardíaco? - Ele apenas leu este telegrama onde está escrito: "Esparguete, esparguete, esparguete, esparguete e esparguete. Três com lingüiça, e dois sem!".
sábado, setembro 22, 2007
Confidências
Não é meu costume personalizar os meus "posts" neste blogue. Mas no entanto hoje vou ter que abrir uma excepção.
Ao longo da minha vida ( e por sortilégios desta), encontrei verdadeiros combatentes, não daqueles de armas e granadas na mão, mas dos outros; daqueles que lutam contra as adversidades, que insistem em viver, lutar e dizer: " A MIM NÃO ".
Aqueles que sucumbiram, (e infelizmente já perdi pedaços de alma), deixaram-me os seus rostos sorridentes e sempre que caio, lembro -me deles.
Mas hoje, neste dia, vejo o rosto de queridos pedaços de alma, que se agarram à minha.
São eles e a sua Amizade que me levam a pensar que vale a pena ...
Por isso humildemente agradeço
aos meus Amigos
Filipe, Inês e Margarida.
Obrigado
Ao longo da minha vida ( e por sortilégios desta), encontrei verdadeiros combatentes, não daqueles de armas e granadas na mão, mas dos outros; daqueles que lutam contra as adversidades, que insistem em viver, lutar e dizer: " A MIM NÃO ".
Aqueles que sucumbiram, (e infelizmente já perdi pedaços de alma), deixaram-me os seus rostos sorridentes e sempre que caio, lembro -me deles.
Mas hoje, neste dia, vejo o rosto de queridos pedaços de alma, que se agarram à minha.
São eles e a sua Amizade que me levam a pensar que vale a pena ...
Por isso humildemente agradeço
aos meus Amigos
Filipe, Inês e Margarida.
Obrigado
sexta-feira, setembro 21, 2007
Ao homem-bomba, um amigo!
Encosta-te a mim, nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim, talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim, dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou, deixa-me chegar
Chegado da guerra, fiz tudo p´ra sobreviver
em nome da terra, no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem, não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói, não quero adormecer
Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim
Encosta-te a mim, desatinamos tantas vezes
vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for
Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer
Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim
por cortesia, jorge palma
encosta-te a mim, talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim, dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou, deixa-me chegar
Chegado da guerra, fiz tudo p´ra sobreviver
em nome da terra, no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem, não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói, não quero adormecer
Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim
Encosta-te a mim, desatinamos tantas vezes
vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for
Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer
Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim
por cortesia, jorge palma
quarta-feira, setembro 19, 2007
terça-feira, setembro 11, 2007
Pedaços de papel...

... com Helena Guimarães
Manhãs de Setembro
Manhãs de Setembro,
aragem fresca
construindo sonhos,
teias de gotas
enfeitando os matos,
perfume verde
a seguir meus passos,
lírios roxos
ponteando as margens
do fio de água
que escorre manso.
E tu E eu!
E a erva tombada
pelos corpos,
os lírios violados
na paixão.
E o céu!
Esse céu azul
sem limite.
O nosso limite.
A nossa eternidade!
in "Manhãs de Setembro"