cata-ventos
Capela em Vila Nova de Monsarros
(foto de alexandre osório, julho 2006)
O vento e eu (*)
O vento morria de tédio
porque apenas gostava de cantar
mas não tinha letra alguma para a sua própria voz,
cada vez mais vazia...
tentei então compor-lhe uma canção
tão comprida como a minha vida
e com aventuras espantosas que eu inventava de súbito,
como aquela em que menino eu fui roubado pelos ciganos
e fiquei vagando sem pátria, sem família, sem nada neste vasto
mundo...
mas o vento, por isso
me julga agora como ele...
e me dedica um amor solidário, profundo!
por Mário Quintana (*)
1 Comments:
Belo poema...escolha perfeita para introduzir os cata-vento
parabéns!!
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