Pensamento do dia
Uma escola pouco amiga da EDP
João Paulo Costa
por cortesia do Jornal de Notícias
É uma escola onde os números da matemática ganham um sentido ambiental. Na Secundária da Gafanha da Nazaré poupa-se dinheiro na electricidade... produzindo-a. Cerca de 650 euros por ano, graças ao projecto "Energias Renováveis em Acção", ontem inaugurado. A ideia partiu de um grupo de professores de informática que quiseram saber o consumo energético de um computador. Chegaram à conclusão que uma hora custa, aos actuais preços da EDP, dois cêntimos. De conta em conta chegaram à conclusão que poderiam poupar aos cofres da escola cerca de 55 euros por mês, 650 euros por ano. Para isso "só" tinham de instalar um aerogerador e quatro painéis solares, "que perfazem 1100W de potência nominal em energias renováveis que são injectadas na rede eléctrica interna da escola", explica Sérgio Magueta, coordenador do projecto. O mais difícil era obter financiamento para o projecto, cerca de 9000 euros. O Programa de Apoio a Projectos Educativos da Câmara de Ílhavo acabou por ser decisivo ao contribuir com 60% do montante necessário. Ontem, o presidente da autarquia, Ribau Esteves, elogiou a iniciativa, considerando-a "exemplar". O investimento de 9000 euros "vai ser recuperado em 14 anos", prevê Sérgio Magueta, "isto se a EDP não subisse mais os preços, algo que não aconteceu nos últimos 10 anos, em que o fez mais de 20 vezes", acrescentou. No fim do tempo de vida previsto (cerca de 25 anos), "o equipamento permitiu à escola uma poupança de 7000 euros", referiu o coordenador do projecto. Isto para além dos ganhos ambientais, "traduzidos numa redução de quase 40 toneladas de dióxido de carbono emitido para a atmosfera", afirmou o professor. Aproveitando a presença do presidente da Câmara e de um representante da Administração do Porto de Aveiro (que também apoio o projecto), os responsáveis da escola "lançaram a escada" para a segunda fase do projecto, orçado em cerca de 4000 euros, necessários para comprar quatro painéis "seguidores do sol", que permitirão aumentar a capacidade energética da escola.
João Paulo Costa
por cortesia do Jornal de Notícias
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