sexta-feira, novembro 10, 2006

Para Meditar...

A tribo masai, do Quénia, reclama uma "acção urgente" para lutar contra as alterações climáticas, apresentado-se como "as primeiras vítimas" deste fenómeno, embora contribua pouco ou nada para o aquecimento global.
"O meu povo não anda de 4x4, não vai de fim-de-semana, não parte de férias de avião, mas sente os efeitos das alterações climáticas", lamentou Sharon Looremetta, um masai membro de uma organização não-governamental, numa conferência de imprensa realizada à margem do encontro das Nações Unidas sobre o clima, que decorre entre os dias 6 e 17 de Novembro, em Nairobi, a capital do Quénia."É uma injustiça enorme e apelamos a uma acção urgente", salientou.Os masai, uma tribo que se distribui essencialmente pelo Quénia e pela vizinha Tanzânia, "são os primeiros e os mais atingidos pelas alterações climáticas", provocadas essencialmente pelas emissões de gases com efeito de estufa (GEE) relacionadas com a combustão de energias fósseis, como o carvão e o petróleo, afirmou."Tivemos muito pouca chuva nos últimos três anos, os animais morrem, as crianças não vão à escola, as mulheres passam a maior parte do tempo à procura de água e não ocupadas com as actividades que permitem ganhar a vida", acrescentou Looremettta.Segundo explicou, as crianças têm abandonado a escola porque "têm de andar muito à procura de água e de pasto" para os animais que são o seu principal recurso.No sábado, agricultores e pastores, entre os quais os masai, participarão numa marcha organizada na capital queniana contra as alterações climáticas.~
"por cortesia in jornal público"
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