Estórias mundanas...
Nádia passeava pela rua, a chuva escorria-lhe na cara confundindo-se com outras águas. Tinha vindo em busca de um sonho, duma esperança legítima, ser feliz. Acenaram-lhe com promessas, quimeras e ela quis acreditar que o evidente não era a verdade. Chegada a outro mundo, outras gentes, outras formas de vida, Nádia cedo se apercebeu que o que lhe prometeram não era aquilo. A alma não aceitava que seu corpo fosse uma mercadoria. Assim, Nádia voltou a fugir. Só que estava sózinha, sem saber o que e como fazer. Seus olhos por espelharem seu corpo tão belo eram desejados e ela só queria ser pessoa. Fugindo dos abutres que a seguiam exibindo uma gula animalesca, Nádia fugia da vida. Passeava na rua em busca dum sorriso sincero (sem desejo). Não o encontrou!
Seu corpo foi encontrado mas não contabilizado (não existia legalmente). Merda de mundo que trata assim os seus iguais.
Seu corpo foi encontrado mas não contabilizado (não existia legalmente). Merda de mundo que trata assim os seus iguais.
1 Comments:
em vez de "mundo" eu teria escrito 'pessoas'.
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