sexta-feira, outubro 27, 2006

Descrédito

Ontem, no noticiário da RTP 1, vi o que Sócrates declarou, num comício, sobre as negociações com os sindicatos da área educativa. Vi, logo de seguida, um dirigente sindical negar que houvesse qualquer acordo. Empregou a palavra "mentiu" referindo-se ao primeiro-ministro. Não foi a qualquer pessoa, foi ao primeiro-minstro. Hoje leio no Correio da Manhã

"SÓCRATES NEGA ACUSAÇÕES
Um dia depois de o primeiro-ministro José Sócrates ter dado como certo o acordo entre o Ministério da Educação e os professores nas negociações do Estatuto da Carreira Docente – “Os sindicatos acabaram por concordar. Mais vale tarde do que nunca” –, os visados acusam o Governo de transformar o processo negocial numa “autêntica farsa”.
Mário Nogueira, da Fenprof, exigiu desculpas. Contactado pelo CM, o gabinete de Sócrates garantiu que o primeiro-ministro não afirmou que houve acordo entre Governo e sindicatos, apenas se mostrou satisfeito por os professores terem percebido a necessidade das avaliações. Segundo a mesma fonte, os sindicatos concordaram com a proposta do Governo para a avaliação dos professores – só não aceitaram a imposição de quotas para o topo da carreira. "

Assim mesmo, sem consequências. Se me chamassem mentiroso e eu não o tivesse sido quereria uma explicação, se eu fosse primeiro-ministro haveria um processo por difamação. Mas nada, apenas um desmentido dos mais caricatos que já vi. Já leram bem ?
Que tal alguém abordar o autor do desmentido e propor " Dou-lhe cem contos pela sua gravata e por ir para a cama com a sua mulher" e caso ele respondesse " Está doido, vendia-lhe a gravata por cinquenta mas a minha mulher é sagrada" viesse declarar que a proposta tinha sido aceite ?

V. M.

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