"We Have Kaos in te Garden"
«Os professores voltaram ontem a sair à rua em protesto com as políticas de Maria de Lurdes Rodrigues. No Porto, na Praça General Humberto Delgado, estiveram cerca de 400 professores que, empunhando lenços brancos, pediram a demissão da ministra da Educação."
Chega de humilhação, com esta ministra não", foi a palavra de ordem mais ouvida. A manifestação foi convocada por sms, e-mails e blogues. Nenhuma estrutura sindical esteve oficialmente ligada ao protesto, que surgiu de forma espontânea. Por isso, a PSP identificou alguns dos professores que participaram na manifestação, o que gerou descontentamento junto dos manifestantes. Fonte da PSP do Porto explicou que "o procedimento foi normal". Como não foi pedida autorização ao governo civil, os agentes "identificaram pessoas que seriam os organizadores" para fazer um relatório a enviar ao Governo Civil. "Tudo normal, sem quaisquer incidentes", disse a fonte.»É a lei, dizem. Claro que é a lei, também as Bolas de Berlim e as colheres de pau são a lei. Que se cumpra a lei, pura e dura, que se condenem “exemplementarmente” (implementar de forma exemplar), e se penalizem os autores de tão horrendos crimes. Já se sabia que assim seria, os documentos de Bilderberg preconizam-no. Mas neste caso, como já tinha acontecido em Guimarães, ou na pena de 75 dias a João Serpa, sindicalista, por se ter manifestado junto da empresa onde trabalhava por existirem graves problemas de salários em atraso, o que se procura é calar o som dos protestos, um som que o descontentamento generalizado pode amplificar. Um perigo que tentam evitar e que por isso nós devemos potenciar. Eles receiam as consequências, nós temos de estar decididos a assustá-los ainda mais. Claro que quanto mais acossados se sentirem, mais violentamente vão reagir. Quase que aposto que se estas manifestações continuarem e aumentarem de volume, vamos ver acontecer, surgirem do nada, uns actos mais violentos, uma montra partida, um caixote a arder, uma pedra atirada, e a policia “vai ter de” carregar sobre os manifestantes e fazer uma ou duas detenções. Quando não há motivo, cria-se o motivo, já o vi acontecer e vou certamente ver de novo. A livre manifestação, o direito à indignação, ao protesto, são formas de cidadania, de participação popular, de democracia e de celebração da liberdade. São direitos que não podemos deixar que nos tirem e por isso temos de lutar por eles sempre que seja necessário. Não podemos ceder ao medo que nos querem criar, nem à preguiça da “abovinada” vida quotidiana que nos oferecem, nem à hipnótica televisão. Há gente a sair para a rua em defesa daquilo que considera ser justo. Há muito que todos nós já lá devíamos andar porque razões não nos faltam. Está na hora deste povo acordar, e todos nós somos parte desse povo.
Chega de humilhação, com esta ministra não", foi a palavra de ordem mais ouvida. A manifestação foi convocada por sms, e-mails e blogues. Nenhuma estrutura sindical esteve oficialmente ligada ao protesto, que surgiu de forma espontânea. Por isso, a PSP identificou alguns dos professores que participaram na manifestação, o que gerou descontentamento junto dos manifestantes. Fonte da PSP do Porto explicou que "o procedimento foi normal". Como não foi pedida autorização ao governo civil, os agentes "identificaram pessoas que seriam os organizadores" para fazer um relatório a enviar ao Governo Civil. "Tudo normal, sem quaisquer incidentes", disse a fonte.»É a lei, dizem. Claro que é a lei, também as Bolas de Berlim e as colheres de pau são a lei. Que se cumpra a lei, pura e dura, que se condenem “exemplementarmente” (implementar de forma exemplar), e se penalizem os autores de tão horrendos crimes. Já se sabia que assim seria, os documentos de Bilderberg preconizam-no. Mas neste caso, como já tinha acontecido em Guimarães, ou na pena de 75 dias a João Serpa, sindicalista, por se ter manifestado junto da empresa onde trabalhava por existirem graves problemas de salários em atraso, o que se procura é calar o som dos protestos, um som que o descontentamento generalizado pode amplificar. Um perigo que tentam evitar e que por isso nós devemos potenciar. Eles receiam as consequências, nós temos de estar decididos a assustá-los ainda mais. Claro que quanto mais acossados se sentirem, mais violentamente vão reagir. Quase que aposto que se estas manifestações continuarem e aumentarem de volume, vamos ver acontecer, surgirem do nada, uns actos mais violentos, uma montra partida, um caixote a arder, uma pedra atirada, e a policia “vai ter de” carregar sobre os manifestantes e fazer uma ou duas detenções. Quando não há motivo, cria-se o motivo, já o vi acontecer e vou certamente ver de novo. A livre manifestação, o direito à indignação, ao protesto, são formas de cidadania, de participação popular, de democracia e de celebração da liberdade. São direitos que não podemos deixar que nos tirem e por isso temos de lutar por eles sempre que seja necessário. Não podemos ceder ao medo que nos querem criar, nem à preguiça da “abovinada” vida quotidiana que nos oferecem, nem à hipnótica televisão. Há gente a sair para a rua em defesa daquilo que considera ser justo. Há muito que todos nós já lá devíamos andar porque razões não nos faltam. Está na hora deste povo acordar, e todos nós somos parte desse povo.
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