Para Meditar...
A questão do aborto!
Aí temos, mais uma vez, a interrupção voluntária da gravidez, a tal que, passando a imagem, parece provocar febre recorrente não nas mulheres que a efectuam ou a pretendem realizar mas nalguns políticos e noutros homens de bem (?) com largo acesso aos órgãos de comunicação social.(...)
Fazem-no como se fossem eles a apresentar amenorreia de concepção e o útero grávido. Perfilam-se como proprietários do corpo da mulher ou pelo menos do útero que aumentará de volume durante 37 a 42 semanas. Esgrimem como se pudessem garantir as condições de estabilidade relacional, emocional e financeira que permitirão que a fecundação do óvulo, no terço externo da trompa, que dará origem à primeira célula do ovo, não se transformará, após um complexo percurso, num ser vivo sem o carinho de ambos os progenitores; numa futura vítima de trabalho infantil; num alvo de sevícias; numa dos milhões de crianças sem abrigo ou com o refúgio transformado num armazém de carne fresca para os pérfidos pedófilos. São aqueles os homens que, manhosamente, propõem um referendo sobre o aborto para que se pronunciem todos os eleitores. Isto numa sociedade em que, fazendo fé nas informações oficiais, há cerca de um milhão de opções homossexuais; dez a quinze por cento de casais que desventuradamente são estéreis; uma percentagem idêntica de casais inférteis em que, infelizmente, por repetição a mulher aborta ou a gravidez se conclui com nados mortos; um por cento dos casais não têm relações sexuais e mantêm-se virgens por escolha de ambos; e os divórcios traduzem muitas vezes o fim de uma mera discussão ou discórdia, ficando a mulher grávida e partindo o homem levemente para outra. Perante estes condicionalismos, a opção tem de ser ditada na esfera política e cremos que a Assembleia da República tem poderes para decidir mediante propostas adequadas. Poupe-se o Orçamento do Estado a mais esta despesa e canalize-se esse dinheiro para a Segurança Social, por exemplo. Mas se se insistir no referendo, esperemos que se deixe de filosofar sobre se a primeira célula já é um ser vivo e se passe a dar relevo à vida que os nossos olhos vêem todos os dias, a tal onde os bebés são deitados nos caixotes de lixo, abandonados nas casas de banho de restaurantes, atirados aos poços, ou deixados à beira da estrada, à porta de uma igreja... (...) Por um momento, calem-se os homens e reflictam em voz baixa ou em silêncio. Dêem voz às mulheres, deixando-as falar sobre o que sentem e sabem melhor do que ninguém. Por mim, já me calei!
Por cortesia "Jornal Público- António Lares (Opinião dos Leitores)"
Aí temos, mais uma vez, a interrupção voluntária da gravidez, a tal que, passando a imagem, parece provocar febre recorrente não nas mulheres que a efectuam ou a pretendem realizar mas nalguns políticos e noutros homens de bem (?) com largo acesso aos órgãos de comunicação social.(...)
Fazem-no como se fossem eles a apresentar amenorreia de concepção e o útero grávido. Perfilam-se como proprietários do corpo da mulher ou pelo menos do útero que aumentará de volume durante 37 a 42 semanas. Esgrimem como se pudessem garantir as condições de estabilidade relacional, emocional e financeira que permitirão que a fecundação do óvulo, no terço externo da trompa, que dará origem à primeira célula do ovo, não se transformará, após um complexo percurso, num ser vivo sem o carinho de ambos os progenitores; numa futura vítima de trabalho infantil; num alvo de sevícias; numa dos milhões de crianças sem abrigo ou com o refúgio transformado num armazém de carne fresca para os pérfidos pedófilos. São aqueles os homens que, manhosamente, propõem um referendo sobre o aborto para que se pronunciem todos os eleitores. Isto numa sociedade em que, fazendo fé nas informações oficiais, há cerca de um milhão de opções homossexuais; dez a quinze por cento de casais que desventuradamente são estéreis; uma percentagem idêntica de casais inférteis em que, infelizmente, por repetição a mulher aborta ou a gravidez se conclui com nados mortos; um por cento dos casais não têm relações sexuais e mantêm-se virgens por escolha de ambos; e os divórcios traduzem muitas vezes o fim de uma mera discussão ou discórdia, ficando a mulher grávida e partindo o homem levemente para outra. Perante estes condicionalismos, a opção tem de ser ditada na esfera política e cremos que a Assembleia da República tem poderes para decidir mediante propostas adequadas. Poupe-se o Orçamento do Estado a mais esta despesa e canalize-se esse dinheiro para a Segurança Social, por exemplo. Mas se se insistir no referendo, esperemos que se deixe de filosofar sobre se a primeira célula já é um ser vivo e se passe a dar relevo à vida que os nossos olhos vêem todos os dias, a tal onde os bebés são deitados nos caixotes de lixo, abandonados nas casas de banho de restaurantes, atirados aos poços, ou deixados à beira da estrada, à porta de uma igreja... (...) Por um momento, calem-se os homens e reflictam em voz baixa ou em silêncio. Dêem voz às mulheres, deixando-as falar sobre o que sentem e sabem melhor do que ninguém. Por mim, já me calei!
Por cortesia "Jornal Público- António Lares (Opinião dos Leitores)"
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