Para Meditar...
O padre de Viseu Manuel Costa Pinto disse hoje que votará "sim" no referendo do próximo domingo porque entende que devem acabar "a humilhação das mulheres em tribunal" e "o verdadeiro infanticídio" a que obriga a lei actual.
Manuel Costa Pinto, 79 anos, defende que a mulher deve ser libertada "dessa coisa vergonhosa que é o julgamento" e também do castigo da prisão, dando o exemplo de Jesus Cristo.
"Jesus disse 'aquele que estiver sem pecado que atire a primeira pedra' e ficou apenas ele e a mulher. Então acrescentou: 'eu não te condeno, vai, e não tornes a pecar'. O nosso magistério, papas e bispos, não pode esquecer isto", disse o padre Manuel Costa Pinto.
Por outro lado, o padre afirmou não compreender como "pessoas sensatas" podem alhear-se "do verdadeiro infanticídio" que muitas mulheres cometem depois do nascimento dos filhos.
"Mulheres com medo"
"Mulheres com medo, que não têm dinheiro para ir para o aborto clandestino e muito menos para o estrangeiro, disfarçam a gravidez até ao parto. Vão para uma casa de banho, sai uma criança — aí sim, já uma criança — metem-na num saco e deitam-na ao caixote do lixo, ao esgoto ou até no campo", descreveu o padre de Viseu.
Na sua opinião, essas situações só acontecem "por causa da lei que existe actualmente", sendo que, nesses casos, já considera que existe um crime, porque, se o bebé nasceu com vida, "é uma pessoa com personalidade jurídica".
Padre não tem receio de ser excomungado
"Eu voto 'sim' sem qualquer dificuldade. Não tomo esta atitude de ânimo leve, sei a minha responsabilidade como católico e como padre", frisou Manuel Costa Pinto, acrescentando não ter receio de ser excomungado.
"Já estive suspenso 17 anos por escrever um livro sobre o celibato a defender que os padres se deviam casar. Hoje já toda a gente diz isso, mas naquele tempo [início da década de 70] fui só eu", contou o padre.
Manuel Costa Pinto, 79 anos, defende que a mulher deve ser libertada "dessa coisa vergonhosa que é o julgamento" e também do castigo da prisão, dando o exemplo de Jesus Cristo.
"Jesus disse 'aquele que estiver sem pecado que atire a primeira pedra' e ficou apenas ele e a mulher. Então acrescentou: 'eu não te condeno, vai, e não tornes a pecar'. O nosso magistério, papas e bispos, não pode esquecer isto", disse o padre Manuel Costa Pinto.
Por outro lado, o padre afirmou não compreender como "pessoas sensatas" podem alhear-se "do verdadeiro infanticídio" que muitas mulheres cometem depois do nascimento dos filhos.
"Mulheres com medo"
"Mulheres com medo, que não têm dinheiro para ir para o aborto clandestino e muito menos para o estrangeiro, disfarçam a gravidez até ao parto. Vão para uma casa de banho, sai uma criança — aí sim, já uma criança — metem-na num saco e deitam-na ao caixote do lixo, ao esgoto ou até no campo", descreveu o padre de Viseu.
Na sua opinião, essas situações só acontecem "por causa da lei que existe actualmente", sendo que, nesses casos, já considera que existe um crime, porque, se o bebé nasceu com vida, "é uma pessoa com personalidade jurídica".
Padre não tem receio de ser excomungado
"Eu voto 'sim' sem qualquer dificuldade. Não tomo esta atitude de ânimo leve, sei a minha responsabilidade como católico e como padre", frisou Manuel Costa Pinto, acrescentando não ter receio de ser excomungado.
"Já estive suspenso 17 anos por escrever um livro sobre o celibato a defender que os padres se deviam casar. Hoje já toda a gente diz isso, mas naquele tempo [início da década de 70] fui só eu", contou o padre.
" in jornal o público"
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